- Monotremados:
- Os representantes mais importantes desse grupo são os ornitorrincos e os equidnas, que possuem ovos megalécitos parecidos aos dos répteis, são ovíparos também e o desenvolvimento embrionário é bem semelhante ao dos répteis.
- As fêmeas de ornitorrinco fazem um ninho subterrâneo junto a rios e põe dois ou três ovos, que possuem casca coriácea, cada um têm entre 1 e 1,5 cm de diâmetro, se os ovos estiverem fecundados, já terão um embrião no estágio de nêurula, com anexos embrionários em processo de diferenciação. A fêmea incuba os ovos até a casca se romper e os filhotes nascem ainda imaturos, alimentam-se de leite produzido por glândulas mamárias, que estão no ventre da fêmea, não possuindo mamilos, o leite escorre entre os pelos.
- Marsupiais:
- Seus principais representantes são os cangurus, os coalas e os lobos-da-tasmânia.
- Na América do Sul existem poucas espécies de marsupiais, representadas pelos gambás e pelas cuícas.
- As fêmeas têm uma bolsa de pele no ventre chamada marsúpio, onde os filhotes completam o desenvolvimento.
- O embrião dos marsupiais inicia o desenvolvimento no interior do corpo da mãe, nutrindo-se do pouco vitelo armazenado no ovo oligolécito. No período do desenvolvimento, origina-se um saco vitelínico que entra em contato com a parede vitelínica, formando uma placenta rudimentar, a denominada placenta vitelínica, que serve para a nutrição, respiração e eliminação de excreções.
- Placentários:
- o desenvolvimento embrionário ocorre no interior do útero materno. Os embriões ligam-se à parede uterina por meio da placenta, que possui a função de fazer que o embrião receba nutrientes e gás oxigênio do sangue da mãe e elimine gás carbônico e excreções resultantes de seu metabolismo.
Embriologia dos mamíferos placentários
- Segmentação e formação do blastocisto:
OBS: o número de células dos embriões de mamíferos não aumentam em progressão geométrica.
- Até o estágio de oito células, os blastômeros estão unidos frouxamente entre si; depois as células embrionárias que surgem passam a estabelecer contato mais íntimo, o que transforma o embrião em uma bola compacta de células, a mórula. As células mais externas da mórula desenvolvem junções celulares fortes, que aderem as células fortemente umas às outras. As células internas desenvolvem junções tipo gap, que colaboram com o intercâmbio de íons e de pequenas moléculas. O surgimento de uma cavidade cheia de líquido no interior do embrião, a blastocela, começando o estágio da blástula. A blástula dos mamíferos, chamada blastocisto, é delimitada por uma camada de células, o trofoblasto e possui um aglomerado celular que forma uma saliência na parede interna, denominada embrioblasto, ou massa celular interna. O embrião chega ao útero no estágio de mórula, implantando-se na mucosa uterina, fenômeno denominado nidação. Com a nidação do blastocisto começa a gravidez que termina com o parto.
- Folhetos germinativos e anexos embrionários:
- Formação dos folhetos germinativos: o primeiro tecido originado no desenvolvimento embrionário de um mamífero é hipoblasto, ou endoderma primitivo, formado por delaminação da camada celular em contato com a blastocela. As células do hipoblasto aumentam de tamanho e delimitam toda a blastocela, formando o saco vitelínico; nos mamíferos essa estrutura tem pouca função, pois o ovo tem pouco vitelo. O restante do embroblasto, depois da diferenciação do hipoblasto, passa a ser denominado epiblasto, ou ectoderma primitivo. Em seu interior apresenta uma cavidade, a cavidade amniótica, preenchida pelo líquido amniótico. A porção de células entre as bolsas que revestem a cavidade amniótica e o saco vitelínico é o epiblasto embrionário, ou disco embrionário, a partir do qual se formam todos os tecidos.
- Formação dos tecidos extraembrionários: no decorrer do desenvolvimento, o embrião dos mamíferos é gradativamente envolvido pela bolsa amniótica, que mantém hidratado e protegido de eventuais choques mecânicos. Na parte ventral do embrião, ao lado do saco vitelínico, originando-se uma pequena bolsa, o alantoide, cuja membrana tem a mesma constituição que a do saco (endoderma e mesoderma extraembrionário). O alantoide, que em aves e répteis possui a função de acumular as excreções embrionárias até a eclosão do ovo, é pouco desenvolvido nos mamíferos placentários; nestes últimos, as excreções embrionárias são eliminadas diretamente na corrente sanguínea materna. Em muitos mamíferos, incluindo nossa espécie, o alantoide auxilia na formação dos vasos sanguíneos do cordão umbilical. O crescimento do mesoderma extraembrionário, juntamente com o trofoblasto, forma o cório, anexo embrionário que envolverá o embrião e os outros anexos e originará a parte fetal da placenta, ocorrendo na parede uterina.
- Nidação:
- Gravidez ectópica: acontece na parede da tuba uterina, é causada pela saída precoce do embrião da zona pelúcida, gerando hemorragias ou complicações mais sérias.
- Gonadotrofina coriônica: recém-implantado na mucosa uterina secreta um hormônio, a gonadotrofina coriônica, que estimula a atividade do corpo-amarelo ovariano, mantendo grandes taxas de estrógeno e progesterona no sangue da gestante, hormônios que geralmente diminuem no fim do ciclo menstrual. Assim, a menstruação não ocorre, sendo um sinal de possível gravidez. Os testes de gravidez detectam a concentração de gonadotrofina coriônica na urina, sinal inequívoco de gravidez. A partir do quarto mês de gravidez o corpo-amarelo diminui. O endométrio permanece crescendo, por causa da produção de hormônios. A placenta permanecerá produzindo estrógeno e progesterona em quantidades crescentes até o final da gravidez.
- Formação da placenta:
O nascimento de um ser humano
O parto natural é baseado na expulsão do feto por contrações rítmicas da musculatura uterina e acontece ao fim do nono mês, cerca de 266 dias depois da fecundação. Nesse período, o feto humano mede aproximadamente 50 cm e possui cerca de 3 a 3,5 kg. No instante do parto, o colo do útero se dilata e a musculatura uterina contrai-se ritmicamente com uma grande frequência. A bolsa amniótica se rompe e o líquido nela contido extravasa pela vagina. O feto é empurrado para fora do útero pelas fortes contrações da musculatura uterina e a vagina se dilata, possibilitando a passagem do bebê. A parte fetal da placenta desprende-se da parede uterina e é também expulsa por meio da vagina, juntamente com o sangue dos vasos sanguíneos rompidos. O cordão umbilical é cortado e amarrado. O gás carbônico permanece no sangue do recém-nascido, estimulando os centros cerebrais que controlam a respiração a funcionar pela primeira vez. Se o parto normal não for adequado para a grávida, é feita uma intervenção cirúrgica chamada cesariana, sendo feito um corte na parte baixo do abdômen da gestante, de forma a expor o útero, que é aberto e a criança é removida juntamente com o cordão umbilical e com a placenta. Por fim, os cortes são fechados por suturas.
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