domingo, 26 de julho de 2020

Século XX: início das vanguardas históricas

- O retrato é um dos gêneros mais populares na pintura.
- Nas "vanguardas históricas" se destacaram artistas como Pablo Picasso.
- Tela As senhoritas de Avignon de Pablo Picasso:
 As Senhoritas d'Avignon - Saia com Arte

- Obra de Keila Alaver:
Keila Alaver

  • A origem das vanguardas históricas:
- Rompeu com os modelos estéticos tradicionais.
- Há múltiplas maneiras de perceber e expressar o mundo exterior e interior, tão variadas quanto as possibilidades técnicas e a diversidade de materiais e suportes artísticos.
Mapa Mental de História da Arte : Vanguardas Européias ...

  • O contexto histórico das vanguardas: 
- Guerras mundiais, fascismo e crises econômicas.
- Termos associados às vanguardas:
-> Vanguarda: significa "estar à frente".
-> Moderno: designa tudo o que se opõe ao clássico ou tradicional.
-> Modernismo: movimento que defende a renovação do pensamento. 

  • O Cubismo:
- As origens: 
-> Simbolismo expressionista: 
Dividido em duas fases a primeira foi denominada "fase azul" e a segunda foi chamada de "fase rosa".
- Os cubistas negavam a objetividade e a linearidade dos realistas.
-> Cubismo Analítico: para configurar um objeto, o cubista realizava primeiro sua fragmentação em planos pictóricos.
-> Cubismo Sintético: adição de elementos reais e pintados que fazem alusão ao objeto principal.
-Consequências do Cubismo: vários outros movimentos foram inspirados pelo Cubismo.
- Cubismo no Brasil: Tarsila do Amaral utilizou técnicas cubistas adaptadas para a realidade brasileira.

  • Surrealismo: 
- Picasso se destacou e pintou várias mulheres em suas obras surrealistas.

  • O Neoclassicismo musical do século XX:
- Características do Neoclassicismo: consistia em reagir ao Romantismo, voltando aos padrões estéticos do final do século XVIII e do Classicismo, mas mantendo as conquistas harmônicas, rítmicas e melódicas da modernidade.
- Músicos neoclássicos notáveis: 
-> Igor Stravinsky: assimilou várias tendências musicais para criar uma obra própria em uma linha de progresso e com grande projeção futura.
-> Erik Satie: compôs músicas carregadas de humor ácido e antirromânticas.
-> Sergei Prokofiev: utilizava uma linguagem inovadora.
-> Dimitri Shostakovich: compôs um grande número de sinfonias, destacando-se a Sétima, inspirada na invasão alemã.





Tendências simbolistas e decorativas nas artes e na literatura

- Opondo-se ao caráter sensorial do Impressionismo, os artistas simbolistas buscaram apreender valores transcendentes, como o belo, o verdadeiro e o sagrado nas artes decorativas.
- Telas mais famosas de Gustav Klimt:             
Tela para Quadro 50x70 - O Beijo - Gustav Klimt no Elo7 | Monte ...Retrato de Adele Bloch-Bauer I – Wikipédia, a enciclopédia livre

Klimt representou Adele em um ambiente opressivo. Apresentou uma mulher enclausurada por sua sua riqueza e importância, em uma espécie de prisão social.
- Obra de Beatriz Milhazes:
Suculentas Beringelas | Enciclopédia Itaú Cultural

-> É composta por padrões iconográficos desenvolvidos pelos artistas.

  • Contexto histórico do simbolismo:
- Depois da euforia do racionalismo, do cientificismo e de outras correntes filosóficas e sociológicas que surgiram na Europa no século XIX,  percebe-se nas últimas décadas desse período uma grande desilusão e um crescente desapontamento dos artistas perante o fracasso das ideias desenvolvimentistas e da tentativa frustrada de transformação da sociedade burguesa industrial. Para retratar esse "desencanto" era preciso rejeitar os preceitos da poesia parnasiana e valorizar não a descrição e a objetividade, mas a sugestão e a musicalidade, surgindo o Simbolismo.

  • A estética simbolista: 
- A arte devia se uma síntese entre a percepção dos sentidos e a reflexão intelectual, transcendendo a realidade aparente. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem indireta e figurada.  As principais características da estética simbolistas são:
-> Predominância da sugestão do vago, do impreciso.
-> Busca da musicalidade nos versos.
-> Emprego de sinestesia.
-> Valorização do mistério, da alma.
-> Misticismo, espiritualismo.
-> Distanciamento da realidade objetiva.
-> Valorização do inconsciente, do sonho.

  • Simbolismo no Brasil: 
- Iniciou-se com a publicação das obras Missal e Broquéis do poeta Cruz e Sousa.

  • O teatro simbolista:
- Rejeitava a abordagem da vida real.
- Maurice Maeterlinck e Henrik Ibsen e William Butler Yeats tornaram-se consagrados autores simbolistas.
- O teatro simbolista no Brasil: a produção teatral é pequena, os principais dramaturgos são; Roberto Gome, com Canto sem palavras e João do Rio, pseudônimo de Paulo Barreto, com Eva. Em 1933, Paulo Magalhães montou A comédia do coração, na qual estão presentes personagens simbólicos, como a dor, a paixão e o ciúme.

  • O simbolismo e sua relação com o Impressionismo:
- O simbolismo era caracterizado por ideias imateriais, por emoções e espiritualidade.
- Gustave Moreau, Pierre Puvis de Chavannes e Odilon Redon foram artistas de destaque do simbolismo. 
- É um estilo que não é unitário ou uniforme, e sim receptivo a muitas conquistas formais da arte moderna. 
- Foi uma corrente com fortes conexões literárias, que pretendeu converter a arte em paraíso artificial, em refúgio de beleza e felicidade, além da poética do objeto representado.
- Com a difusão do Simbolismo para outras regiões da Europa, muitos artistas foram influenciados.
- Artistas relevantes:
-> Klimt: retornou aos temas mitológicos, misturando-os a alegorias ancestrais das culturas austríaca e alemã e conferindo a eles forte carga sensual e psicológica. Ele era grande admirador do corpo feminino, e em suas telas da fase dourada, compostas por fragmentos de cor que lembram mosaicos decorativos, a mulher é simultaneamente mensageira da vida e da morte.

  • A modernização da escultura:
- Submissão à realidade, que tende a apresentar-se como algo que se desvanece, fruto de uma visão fugaz.
- A possibilidade de sugerir um impulso espiritual, simbólico, além da matéria.
- O artista que melhor sintetizou as duas características acima foi Auguste Rodin.

  • A arquitetura Art Nouveau:
- Traços característicos:
pode-se identificar as características básicas: de um lado, certa preferência pela ornamentação curvilínea, de caráter naturalista; de outro pelo refinamento no emprego de todo tipo de materiais, inclusive o ferro, mas trabalhados artesanalmente e aproveitando todas as suas possibilidade plásticas, como cor e textura. Apesar de ter grande destaque na arquitetura, o Art Nouveau não foi um estilo exclusivamente arquitetônico; houve também manifestações nas artes aplicadas, como as artes gráficas, o mobiliário e a ilustração. 
- Formas curvilíneas: 
-> Formas onduladas.
- O caso britânico: 
-> Na Grã-Bretanha se desenvolveu anteriormente um movimento chamado Arts E Crafts ("artes e ofícios", em inglês), voltado para o desenho artesanal de objetos utilitários, e que se contrapunha à vulgarização da fabricação industrial. Ainda que seu objetivo fosse contrário, essa proposta utópica e etilista influiu decisivamente sobre a necessidade de conceber uma forma própria para os objetos, construções e ilustrações gráficas, que não haviam "pedido emprestado" sua forma da história.
- A singularidade de Gaudí: seus resultados apresentam semelhanças com a vertente orgânica da Art Nouveau franco-belga, por trás de suas representações, há um profundo sentido religioso.

  • A musicalidade na primeira metade do século XX:
- A nova atitude estética: preocupou-se mais com a própria linguagem musical e suas possibilidades, inclinando-se por uma posição que valorizava a música pelo que tinha de arquitetura sonora, por suas possibilidades de construção técnica e intelectual. A música converteu-se em arte popular.
- Principais correntes musicais: 
-> Neoclassicismo: foi a corrente dominante e suas mais importantes correntes foram:
O antirromantismo, uso intensivo da tonalidade, dodecafonismo,  que partia de uma ordenação das doze notas da escala cromática e o nacionalismo.
- Música nacionalista no Brasil:
-> Francisco Manuel da Silva, Leopoldo Miguez, Henrique Oswald e Alexandre Levy, Heitor Villa-Lobos, Rodamés Gnattali, Camargo Guarnieri e Albert Nepomuceno.

sábado, 25 de julho de 2020

O romance indianista

  • Os índios chegam às páginas dos romances:
- José de Alencar retratou os indígenas como heróis.

  • O projeto literário do romance indianista: 
- Nessas obras os índios atuam com honestidade, bravura, paixão, etc.
- Contavam também a história que remete os leitores ao processo de constituição de seu povo.
- Os agentes do discurso: 
-> O indianismo e o público: eram publicados em folhetins.
- Uma língua nacional: possui muitas palavras de origem indígenas.

  • A prosa indianista de José de Alencar:
- Ubirajara, Iracema e O guarani.
- O nascimento de Peri, herói brasileiro: conta a história de um índio que se apaixonou por Ceci e lhe protege de vários perigos. 
->As estruturas românticas: idealização e lirismo estão presentes em O guarani.
-> Os elementos nacionais: a natureza exuberante ganha a dimensão do espaço paradisíaco original. 
-> Modelo importado: a natureza é exaltada. 
- Do seio de Iracema "nasce" o povo brasileiro: retrata a miscigenação do povo brasileiro.
->O prenúncio da colonização: em muitas passagens do romance pode-se observar uma visão simbólica do processo de conquista de nosso país pelos portugueses.
- José de Alencar leva o projeto de construção da nacionalidade brasileira um passo um passo adiante em relação a Gonçalves Dias.

O Romance urbano

  • Retrato da vida na corte:
- A década de 1830 trouxe para os moradores da capital do Império a leitura de romances estrangeiros, principalmente franceses, traduzidos e publicados em jornais brasileiros na forma de folhetins. O primeiro romance brasileiro foi "O filho do pescador" de Teixeira e Sousa, mas foi com Joaquim Manuel de Macedo e José de Alencar que os folhetins tiveram sucesso.

O projeto literário do romance urbano:
- Os agentes do discurso:
-> contexto de produção: profissionalização da condição dos escritores.
-> circulação: páginas do periódicos.
-> O romance urbano e o público: a maioria das pessoas não eram alfabetizadas antigamente, dificultando a leitura dos romances.
- Uma sociedade em formação:
-> Em seus romances Joaquim Manuel de Macedo apresentou o perfil de uma sociedade ainda em formação.

  • Identidade e democratização cultural:
- Os romances urbanos investiam também na construção de uma identidade nacional. 
-A linguagem do romance urbano: é acessível, mas o narrador muitas vezes estabelece o diálogo com um leitor específico.

  • O amor segundo Joaquim Manuel de Macedo:
- Conquistou um público leitor fiel, por produzir muitos textos marcados por certa ingenuidade narrativa, por muito bom humor e por um suspense.
- A Moreninha foi o primeiro romance romântico com qualidade literária que alcançou grande sucesso de público e abriu caminho para uma vasta produção de folhetins escritos por autores brasileiros.

  • José de Alencar: 
- Priorizou as relações humanas.
- Criticava valores condenáveis.
- Os heróis e as heroínas apresentavam características humanizadas.
- "Senhora".
- Os perfis de mulher: representava em suas obras mulheres fortes, senhoras do seus próprios destinos.

  • Manuel Antônio de Almeida: 
- Retratou as camadas mais baixas da população.

Adjetivo

- São palavras variáveis que especificam o substantivo, caracterizando-o.
Ex:  a menina bonita.
- Do ponto de vista sintático o adjetivo pode ser: 
-> Adjunto adnominal.
-> Predicativo do sujeito.
-> Predicativo do objeto.

  • Locução adjetiva:
Ex: do dia ( diário).
- Classificação dos adjetivos:
->Adjetivos primitivos: são termos formados por um radical que não possui acréscimo de afixos derivacionais.
Ex: pequeno,amarelo.
->Adjetivos derivados: são formados a partir de outros radicais por meio do acréscimo de afixos derivacionais.
Ex: infeliz, amarelado.
->Adjetivos pátrios: referem-se a continentes, países, regiões, estados, cidades, etc.
Ex: Rio de Janeiro- carioca.
-> Simples: apresentam um único radical.
Ex: pequeno, infeliz.
-> Compostos: constituídos por mais de um radical.
Ex: amarelo-ouro.
- A flexão de gênero dos adjetivos: são uniformes ou biformes.
-> Uniformes: têm uma mesma forma tanto no masculino como no feminino, ou seja, não admitem flexão morfológica.
Ex: fácil.
-> Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino.
Ex: português e portuguesa.
- A flexão de número dos adjetivos: 
Ex: livro trágico-> livros trágicos.
- Flexão dos adjetivos compostos: 
-> grau comparativo: não existe ninguém tão bonito como você.
-> grau superlativo:
Superlativo relativo: indica que determinado ser, com relação a todos os outros seres de um conjunto que apresentam certa qualidade, destaca-se por apresentá-la em grau maior ou menor.
Ex: Ele é o menos chato de todos.
Superlativo absoluto: indica que determinado ser possui certa qualidade em um alto grau. Pode assumir forma sintética ou analítica.
Ex de sintético: ela é lindíssima.
Ex: de analítico: este é um piloto muito veloz ( usa-se um advérbio).
- Forma aumentativa: bonitão.
- Forma diminutiva: bonitinho.




sexta-feira, 24 de julho de 2020

Oralidade e escrita

  • A dimensão sonora da língua portuguesa:
- Fonema e variação de sons:
Ex: Palavra tia :
- Rio de Janeiro: "tchia".
- Sergipe: "tia".
- A relação entre os sons da língua e a escrita alfabética: 
-> o sistema alfabético prevê a representação apenas dos fonemas, e não de todos os sons que ocorrem na língua.
-> é importante também reconhecer que a escrita alfabética não prevê a representação de um mesmo fonema sempre com a mesma letra. 

  • As convenções da escrita:  
- A convenção ortográfica:
-> A escrita da língua portuguesa apresenta 26 letras para escrever todas as palavras da nossa língua. Para representarmos os fonemas usamos o "ç" , que muitas vezes expressa o fonema "s".

  • Regras ortográficas:
- s: em substantivos derivados de verbos finalizados em -nder, a sequência nd+ vogal temática r é substituída pela sequência -nsão.
Ex: ascender-> ascensão.
-ss: em substantivos derivados do verbo ceder e seus compostos, a sequência cen+ e+r é substituída pela sequência -cess-.
Ex: conceder-> concessão.
- ç: em substantivos originados a partir dos compostos do verbo ter, usa-se o ç.
Ex: conter-> contenção.
- sc ou sç: em certas palavras de origem erudita, usam-se os dígrafos sc ou sç.
Ex: adolescência.
- x: em algumas palavras, o fonema ''s'' é representado pela letra x.
Ex: auxílio.
-xc:em certas palavras de origem erudita, usa-se o dígrafo xc.
Ex: exceder.


  • Palavras parônima e homônimas:
- parônimas: diferem-se na grafia, na pronúncia e seus significados são diferentes.
- heterográficas: idênticas na pronúncia, mas diferentes na escrita (homófonas heterográficas) idênticas na escrita, mas divergentes na pronúncia (homógrafas heterofônicas) ou idênticas na pronúncia e na escrita ( homófonas homógrafas)

  • Regras de uso dos acentos:
- Palavras oxítonas:
Acentuam-se quando forem terminadas nas vogais -a, -e, -o.
Acentuam-se palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas em -em, -ens.
Acentuam-se quando forem terminadas em ditongo aberto e tônico -éi, -éu e ói ( seguidas ou não de -s).

- Palavras paroxítonas: 
Apenas são acentuadas graficamente as palavras paroxítonas terminadas em r, l, n, x, ps, ã, ãs, ão, ãos, em um, uns, om, ons, us, i, is, ei, eis.

- Palavras proparoxítonas:
Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas e também as palavras terminadas em ditongo crescente.

-  Caso especial: nas oxítonas e paroxítonas acentuam-se o -i e o -u tônico dos hiatos quando ocorrem sozinhos ou seguidos de s.

- Acentos diferenciais: acentuam-se as formas verbais indicativas da terceira pessoa do plural dos verbos ter e vir (e seus compostos).
Ex: pôr, que se difere de por.

domingo, 19 de julho de 2020

Socialização e controle social


  • Processo de socialização:
- Relação ente os indivíduos e a sociedade.
-É o processo de assimilação dos códigos e padrões culturais de um grupo social por parte dos diferentes indivíduos que o constituem.
- Socialização primária e socialização secundária:
Primária: alto grau de afetividade.
Secundária: processo iniciado na infância que continua pelo resto da vida.
Agente de socialização: os meios de comunicação de massa.
- Agentes de socialização:
-> Instituição social: conjunto relativamente estável de padrões culturais estabelecidos coletivamente e que servem de modelo para a construção da personalidade e das ações dos indivíduos.
- Grupos, instituições e categorias sociais:
-> grupos sociais primários: caracterizado pela proximidade.
-> grupos sociais secundários: as relações se pautam pela impessoalidade, sustentadas por regras e normas formais de organização.
-> grupos sociais intermediários: trabalhadores de uma mesma categoria profissional ou empresa, que atuam nos mesmos locais de trabalho, estabelecendo uma convivência prolongada e compartilhando experiências sociais semelhantes, tendem a desenvolver laços sociais similares àqueles encontrados nos grupos sociais primários.
-> categorias sociais: formadas por indivíduos que vivem experiências semelhantes, mas não estabelecem relações sociais diretas uns com os outros.
- Interação social: é o conjunto das influências recíprocas desenvolvidas entre indivíduos e grupos sociais. Para o sociólogo Erving Goffman, a interação social é realizada segundo as posições e os papéis executados por atores e grupos sociais e ocorre nas denominadas situações sociais, em um ambiente definido.
- Status e papéis sociais: todos os indivíduos têm uma ou mais posições de status. Os papéis sociais são os comportamentos socialmente esperados de indivíduos e grupos em determinada posição de status.


  • Controle social: 
- Normas.
- Para Durkheim o controle social seria formado por estruturas materiais e simbólicas que enquadrariam os indivíduos ao sistema social, prevendo punições para os casos em que isso não ocorresse.
- Agentes de controle social: cabe a eles assegurar a conformidade do comportamento das pessoas a um conjunto de regras e princípios prescritos e aprovado nas sociedades.
- Aparelhos repressivos e ideológicos de Estado:
-> aparelhos repressivos de Estado: conjunto dos órgãos e instituições que estabelecem o controle social por meio da repressão ou da possibilidade de realizá-la.
-> aparelhos ideológicos de Estado: são as instituições que estabelecem o controle social por meio da difusão de determinadas ideologias e que atendem aos interesses daqueles que detêm o poder.

Cultura e ideologia


  • Primeiras palavras:
- O termo cultura tem vários significados e uso, mas para a Sociologia ela é a base sobre a qual as sociedades humanas constroem seus diferentes modos de vida. É resultado de nossas ações sociais, a sua prática, os saberes e a sua aplicação resultam em um conjunto de conhecimentos que orientam nossa ação no mundo e nos permitem reconhecer, explicar e construir a realidade social. Entretanto a sua construção não ocorre de forma harmônica e igualitária. Cada grupo tem a sua ideologia. A cultura e a ideologia são conceitos que explicam a relação intrínseca entre pensamento e ação.


  • Cultura e vida social:
A palavra cultura é dinâmica e adquire vários sentidos de acordo com o contexto social e histórico.
- Cultura como juízo de valor e como produção social: a cultura muitas vezes produz uma hierarquização dos indivíduos e grupos, mas essa é uma visão típica do senso comum. A hierarquização resulta algumas vezes na discriminação de pessoas ou grupos sociais.
- O conceito de cultura e a Antropologia:a Antropologia é a disciplina que mais se dedica ao estudo da cultura.
-> O "bom" e o "mau" selvagem: Michel de Montaigne destacou-se por relativizar a civilização europeia diante das formas de organização culturais do Novo Mundo.
-> De acordo com o determinismo biológico, as diferenças entre as sociedades são explicadas com base nas características físicas da população.
-> Para o Determinismo geográfico, as características naturais da região causariam as diferenças entre as sociedades.
-> Para a Antropologia, as experiências históricas vividas em cada sociedade são fundamento das diferenças culturais.


  • Escolas antropológicas:
- Antropologia evolucionista: foi desenvolvida na Inglaterra. Para Tylor a cultura é todo complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem.
-> A escola evolucionista elaborou a primeira teoria social da cultura.
- Relativismo cultural: diferentes teorias sociais têm em comum o reconhecimento da diversidade cultural.
-> Difusionismo: caracterizou-se pela rejeição da unilinearidade, não acreditava em um desenvolvimento constante e ascendente das culturas defendidas pelos evolucionistas. Para eles a cultura era como um mosaico que diferentes sociedades criavam e difundiam práticas e saberes que seriam absorvidos por outros grupos sociais pelo contato entre seus membros.
-> Culturalismo: Franz Boas acreditava que o conceito de civilização central na teoria evolucionista, deve ser relativizado, pois depende dos parâmetros usados para sua definição. As diferenças culturais não indicariam uma hierarquia.
-> Funcionalismo: a cultura é um todo integrado, uma síntese de instituições responsáveis pela perpetuação da dinâmica social entre seus membros.
-> Antropologia estrutural: inspira-se originalmente na Linguística. Para eles a cultura é um conjunto de sistemas simbólicos (arte, religião, educação). Para Claude Lévi-Strauss, existem elementos universais nas diferentes culturas, que devem ser estudados pela Antropologia.
-> Antropologia interpretativa:  a cultura é um sistema simbólico. Seu principal representante foi Clifford Geertz, de acordo com o mesmo o comportamento humano é sempre simbólico, dependente de como os indivíduos percebem a si próprios e das ações que resultam dessa percepção.
-> Etnocentrismo e relativismo cultural: a rejeição às práticas culturais diferentes das culturas dominantes nas Ciências Sociais é chamada de etnocentrismo. As Ciências Sociais defendem o relativismo cultural, que é o oposto do etnocentrismo.


  • Ideologia e comportamento social: 
- Ideologia: conjunto de ideias e valores que orientam o comportamento e as decisões dos indivíduos e grupos  que constituem a ideologia.
- O conceito de ideologia como falsa consciência:
-> Para Marx existem duas esferas; a infraestrutura é a esfera da produção material, que produz bens que satisfazem as necessidades materiais. Já a superestrutura representa o conjunto das ideias, das leis, das religiões, da moral e das organizações políticas existentes em uma sociedade sintetizadas na figura do Estado.
OBS: Essas duas estruturas se relacionam mutuamente.
- Ideologia como visão de mundo:  para Gramsci a ideologia pode ser compreendida como visão de mundo, ou seja, um conjunto de perspectivas produzidas por diferentes classes sociais que se materializam nas práticas sociais ao mesmo tempo que são influenciadas por elas, formando um sistema de valores culturais. A ideologia representa o modo pelo qual cada grupo ou classe social atribui sentido a suas experiências no mundo.
-> Hegemonia: domínio de uma classe sobre as outras.
Obs: contra- hegemonia: ato de classe dominadas de construir sua própria visão de mundo.
-> Para Paulo Freire a ideologia dominante é incutida na mente e na prática dos indivíduos por meio do processo educacional.


  • Cultura e ideologia: 
- Estão relacionadas.
- As diversas faces da cultura:
-> Cultura erudita e cultura popular:
Erudita: práticas culturais produzidas para ou pela elite.
Popular: práticas culturais produzidas pelas classes dominadas.
Cultura de massa: transformação da cultura em mercadorias.


  • Indústria cultural e meios de comunicação de massa:
- Indústria cultural: grupo de empresas vinculadas à classe dominante que tem como função produzir cultura.
- Os meios de comunicação de massa: televisão, rádio etc.
- O processo de naturalização e de conformismo causam a alienação.
- Cultura, ideologia e identidade cultural no século XXI:
-> Sociedade da informação.
-> Revolução digital.
-> Cibercultura.


sábado, 18 de julho de 2020

Estética: a reflexão sobre a arte


  • O que é estética?
- Alexander Gottlieb Baumgarten acreditava que a estética era o conjunto das teorias da arte que discorrem sobre a poesia, a pintura, a escultura, a música e a dança. Essa ideia foi ampliada ao longo ao longo do tempo.


  • O julgamento de gosto:
- Para David Hume e Immanuel Kant, o julgamento estético tem por base o gosto, uma resposta que damos ao objeto por meio da apreciação pessoal e intransferível, essa resposta é de natureza emocional, estreitamente ligada a preferência e/ou aversões próprias de cada um. Hume admite existir um padrão universal de gosto, apesar de sustentar que a beleza e a feiura não são qualidades intrínsecas ao objeto.
- Kant e o prazer da apreciação:
-> Ele teorizou sobre a capacidade de criar julgamentos, entre eles, o juízo estético de gosto. É pelo gosto que julgamos um objeto ou representação de acordo com o prazer ou desprazer que pode nos causar. Não existe regras para a beleza. 
-> Apreciação desinteressada: não visa a aplicação de prática imediata.
-> Originalidade: o talento do artista está em fazer algo novo.
-> Exemplaridade: quando a originalidade do artista é reconhecida, sua inovação servirá de exemplo.


  • Aprimoramento do gosto:
- O refinamento do gosto estético se faz pela frequentação das obras.
- O discurso autorizado tem importância para que possamos entrar no universo artístico.
- Além do excesso de debate teórico, é fundamental a frequentação das obras que compõe a tradição e também das que estão surgindo.


  • Arte e conhecimento:
- A arte é um tipo de conhecimento do mundo e de nós mesmo. 
- A arte é aberta a múltiplas interpretações.
- Função naturalista: para Aristóteles a arte é uma invenção que idealiza a representação da realidade ao mostrá-la de modo mais nobre. 
-> No final do século alguns movimentos causaram a crise do naturalismo. 
-> Função pragmática: os artistas politizados recorrem à arte para envolver pessoas pelo que chamou de engajamento.
-> O pragmatismo na arte não é criticável, com a condição de não desviá-la de sua característica principal.
- Função formalista:
->Interessa o arranjo inovador das cores, formas e volumes.


  • As primeiras rupturas:
- A burguesia favoreceu a arte.
- Na Idade Média os temas predominantes eram de caráter religioso, na Idade Moderna os temas eram de caráter mítico.
- Com o tempo, a rigidez dos padrões acadêmicos passou a impedir a criatividade artística.
- A caminho da arte contemporânea: 
-> No fim do século XIX deram origem ao impressionismo.
-> A invenção da máquina fotográfica, representou um acontecimento significativo para a efervescência do contexto artístico do início do século XIX.


  • A arte na sociedade industrial:
-Deu-se a passagem da manufatura para o sistema fabril.
- Obras impressas: empresários cuidaram de expandir a distribuição.
- Surge o cinema: deu início ao movimento estético do expressionismo.
- Design:
-> escolas de artes e ofícios
-> Bauhaus: influênciou as artes (arquitetura, design etc.)


  • A arte na era da reprodutibilidade técnica:
- É necessário um olhar aberto para o novo.
- Valor de culto e valor de exposição: ressurgiu um forte "culto" em torno da obra, pois ela se dá à nossa percepção como um objeto único, realizado por um artista especial e apreciada pelo espectador único.
- A perda da aura: as mudanças no modo de percepção da arte expressavam as transformações sociais em curso.
- Benjamin e a aura:
-> unicidade: a obra é única por se encontrar em certo lugar e tempo.
-> originalidade: por não se tratar de uma cópia.
-> autenticidade: reconhecimento se realmente foi realizada pelo artista ao qual é atribuída.
OBS: a aura se dissolve com a possibilidade de reprodução decorrente das novas técnicas industriais, porque não mais se identifica o que é original e que é cópia.
- A indústria cultural:
-> Max Horkheimer e Theodor Adorno não eram otimistas em relação a massificação.


  • Reflexões sobre arte e poder:
- Antonio Candido alerta sobre a importância do contato com a literatura, esse bem incompressível, ao mesmo tempo que reivindica a disponibilidade à totalidade de manifestações artísticas em qualquer sociedade que se queira chamar de democrática.
- Política e micropolíticas:
-> coletivos culturais que visam à formação artística de grupos de baixa renda


sexta-feira, 17 de julho de 2020

A Europa feudal

A Europa da Alta Idade Média:
  • A crise da escravidão e a ruralização da sociedade:
- A base da economia do mundo romano era a utilização de escravos para o cultivo das propriedades rurais, mas ocorreu a lenta retração da escravidão.
- Com o avanço das invasões bárbaras, tornou-se cada vez mais mais difícil abastecer as cidades. A vitalidade do comércio e a população urbana diminui.
- Tornou-se improdutivo manter tantos escravos, por isso passaram a trabalhar em pequenos terrenos chamados mansos, localizados às margens das grandes propriedades, os domínios senhoriais. Em troca do uso das terras, eles trabalhavam pelo menos três dias por semana e deviam ao senhor uma parte da colheita, mas o fim da escravidão foi lento, os antigos escravos e os camponeses livres se fundiram e formaram os servos, os quais prestavam serviços ao senhor, levando a uma crescente ruralização da sociedade e a privatização de muitos aspectos da vida.

  • A família, o casamento e a mulher:
- Era patriarcal.
- Os adultos tinham que proteger os mais fracos e os familiares deviam ajudar uns aos outros.
- As mulheres adúlteras eram mortas por estrangulamento, mas os homens podiam ter relações sexuais fora do casamento.

  • A violência no cotidiano:
- Muita violência.
- Crianças eram treinadas para se tornarem guerreiros.
- Matar era um dever masculino.

A Igreja e a evangelização da Europa Ocidental
  • A ação da Igreja Católica:
- Em um mundo sem unidade política, administrativa, econômica ou cultural, o cristianismo era a única forma de união
- O clero tentava eliminar os costumes pagãos, mas não obteve sucesso.

  • O movimento monástico:
- Nas regiões rurais um dos principais pontos de apoio para a cristianização da sociedade foram os mosteiros, que acolhiam todos os tipos de pessoas. Eram dirigidas por um abade, encarregado de vigiar a conduta dos monges e guiá-los no caminho da salvação. Cada mosteiro obedecia a uma regra.

  • A Igreja e a evangelização da Europa Ocidental:
- Os monges percorriam os reinos bárbaros e pregavam. O processo de conversão dos reinos bárbaros foi lento, porém contínuo.
- Foram convertidos os povos eslavos e escandinavos.
- A estratégia foi bem-sucedida.

Os francos e o Império Carolíngio
  • O Reino dos francos:
- Configurou-se como o mais poderoso da Europa.
- Formou-se e expandiu-se sob o governo de duas dinastias: a merovíngia e a carolíngia.
- Os francos eram governados pelos merovíngios. O primeiro soberano merovíngio importante foi Clóvis, que se converteu ao cristianismo e tornou-se o primeiro rei bárbaro a governar com o apoio da Igreja.
- A dinastia carolíngia iniciou-se com Pepino, o Breve. Seu pai, Carlos Martel, conseguiu o apoio da Igreja ao expulsar os muçulmanos da Gália. 
- Carlos Magno construiu um Império, conseguindo reunir grande parte do que havia sido o Império Romano do Ocidente, sendo coroado imperador dos romanos pelo papa.
- A independência da Igreja de Roma: 
-> mandou edificar as igrejas e monastérios destinados a evangelização dos territórios conquistados.

  • O Renascimento Carolíngio:
- Desenvolveram-se as zonas rurais, a população aumentou e o comércio marítimo foi revitalizado.
- A recuperação econômica e a unidade política impulsionaram a cultura e a educação, surgindo o movimento chamado de Renascimento Carolíngio.

  • A administração imperial:
Um dos objetivos de Carlos Magno era manter uma administração bem organizada e centralizada, afim de garantir a unidade territorial do Império, dividindo o Império em condados, ducados e marcas.
- Cada condado era administrado por um conde, encarregado de presidir o tribunal local, organizar e liderar o exército, tarefas para as quais contava com o auxilio dos "homens bons", acima dos condados havia os ducado, unidades provinciais administradas cada uma por um duque. Condes, duques e marqueses eram nobres locais. 

  • A desagregação do Império:
- Depois da morte de Carlos Magno, a coroa foi transferida para seu filho, Luís, o Piedoso, que prosseguiu com as reformas do pai, com a sua morte, foi assinado o Tratado de Verdun, que dividiu as terras do Império Carolíngio em três domínios.

Sociedade e economia na ordem feudal
  • As relações de vassalagem:
- A figura de uma autoridade centralizada foi enfraquecida. Os laços de fidelidade que uniam a aristocracia são conhecidos como relação de vassalagem. A vassalagem era instituída no ritual da homenagem, no qual a relação entre o suserano, que ocupava uma posição superior em relação ao vassalo, o qual o suserano doava um bem. Esse bem recebeu o nome de feudo.
- Ao doar o feudo o suserano concedia o poder senhorial ao vassalo.

  • O feudalismo: 
- A relação de vassalagem implicava relações recíprocas.
- Os laços formaram o feudalismo.

  • O senhorio:
- O nome dado a propriedade rural era senhorio, sendo dividido em:
-> Reserva senhorial: constituída por áreas cultiváveis, castelo, celeiros, estábulos, moinhos e oficinas artesanais, toda a produção da reserva senhorial pertencia ao senhor.
-> Manso servil: formado pelo conjunto das terras cultivadas pelos servos, sendo entregue parte da produção para o senhor.
-> Manso comum: constituído por terras de uso dos servos e senhores, como pastos, bosques e os terrenos baldios. Dessas terras comunais se retiravam madeira, frutos e mel e se praticava a caça.
- Corveia: durante parte do ano o servo tinha de trabalhar na reserva senhorial.
- A talha: obrigava o servo a entregar ao senhor uma parte do que produzia no manso servil. 

  • Uma sociedade dividida em ordens:
- Estamentos (ordens).
- Clero, nobres e camponeses.
- As relações entre as ordens: a Igreja era detentora do poder espiritual e buscava justificar o modo como a sociedade feudal estava organizada.

Transformações do feudalismo
  • Os cristãos e as Cruzadas:
- As Cruzadas foram expedições de caráter militar e religioso organizadas pela Igreja e tinham interesses político-econômicos.
- Objetivos:
-> expulsar os turcos muçulmanos de Jerusalém.
-> restituir a unidade cristã nas terras do Império Bizantino e ampliar o poder da Igreja, a fundação da Igreja Ortodoxa e o rompimento ocorrido foi chamado de Grande Cisma do Oriente.
-> conseguir terras para os nobres europeus.
- As Cruzadas:
-> Primeira Cruzada: conhecida como Cruzada dos nobres, conquistou Jerusalém e organizou um reino latino na região, que não durou muito.
-> Segunda Cruzada: fracassou na tentativa de reconquistar Jerusalém.
-> Terceira Cruzada:  conhecida como Cruzada dos reis, estabeleceu acordos diplomáticos com os turcos, facilitando as peregrinações de cristãos a Jerusalém.
-> Quarta Cruzada: organizada pelo papa Inocêncio III e liderada pelos comerciantes de Veneza, e o seu novo rumo era Constantinopla, que foi saqueada.
-> Quinta Cruzada: tentativa do papa Inocêncio III de conquistar o Egito, mas não foi bem sucedida.
-> Sexta Cruzada: liderada pelo imperador do Sacro Império Frederico II, Jerusalém foi reconquistado, mas logo foi retomado pelos muçulmanos.
-> Sétima e Oitava Cruzada: liderada pelo rei da França Luís IX, ambas foram derrotadas pelos muçulmanos.

  • Resultados das Cruzadas: 
-Não foram bem-sucedidas.
- Causaram: 
-> a desorganização agrícola na Europa.
-> a expansão da cristandade pela Europa Oriental.
-> o fim do domínio árabe no Mar Mediterrâneo e restabelecimento das rotas comerciais entre Europa e Ásia.
-> a revitalização das cidades, por causa do impulso promovido pelas atividades comerciais.

  • O aumento da produção agrícola:
- Os instrumentos de produção foram renovados:
-> atrelagem dos animais.
-> moinho d´água.
-> moinhos de vento.
-> Sistema trienal de cultivo.

  • A revitalização do comércio:
- Feiras se formavam ao longo das rotas ao sul, dominada por Veneza e Gênova (rota marítima), ao norte, a rota comandada pelos alemães.
Obs:  ao sul eram vendidos perfumes, sedas e especiarias, já ao norte eram vendidos grãos, peles e madeira.
- O artesanato se desenvolveu.
- O uso da moeda se disseminou, originaram-se os bancos.

  • A expansão das cidades medievais: 
- As cidades passaram a abrigar muitas pessoas.
- Comerciantes se organizavam nas chamadas guildas ou corporações de ofício.
- As cidades como espaço da liberdade: por meio da carta foral, concedeu-se o direito de uma comunidade autogoverna-se, concedia também terras públicas para uso coletivo da comunidade, regulava os impostos, taxas e multas e estabelecia direitos de proteção e obrigações militares.

  • O surgimento de universidades:
- Bolonha foi uma das universidades.
- A escolástica: foi uma corrente que procurava aliar a fé e a razão.

  • A literatura medieval: 
- A maioria da população era analfabeta.
- Romances de cavalaria.

A crise do mundo medieval:
  • As mudanças climáticas e a grande fome:
- Na Europa Ocidental, mudanças climáticas afetaram as colheitas, causando a fome.
- Na Europa Oriental,  o Império Otomano tentava conquistar o que restava do Império Romano do Oriente.

  • A peste negra:
- Causou diversas mortes.
- Causada pela pulga de ratos.
- A peste se espalha pela Europa: tornou-se uma pandemia.

  • A Guerra dos Cem Anos e os seus efeitos:
-  Ingleses contra franceses .
- A França era auxiliada por Joana d`Arc.
- Agravou a crise econômica e o declínio demográfico.
- A bombarda: espécie de canhão primitivo.

  • Revoltas urbanas e camponesas: 
- Camponesas: chamadas jacqueries, que se tornaram uma contestação generalizada dos privilégios da nobreza rural. Essa revolta se espalhou, mas a repressão foi muito violenta.
- Urbanas: ocorreu por causa do aumento dos impostos, mas não obtiveram sucesso.

As conquistas otomanas e a queda de Constantinopla:
  • O poder do Império Otomano:
- A expansão dos turcos foi favorecida pela emergência de um Estado militar, conquistando toda a Ásia Menor e atingindo o Estreito de Dardanelos, que garantia o controle da passagem da Ásia para a Europa. As regiões conquistadas tornaram-se províncias do Império Otomano e a população passou a pagar impostos ao sultão.

  • A tomada de Constantinopla:
- Os turcos a cercaram por terra e por mar, não permitindo o abastecimento da cidade.
- Resistência inútil: a queda de Constantinopla significou a perda por parte da cristandade de um local estratégico, que fazia a ligação entre o Oriente e Ocidente. As rotas comerciais foram dificultadas. Foram impulsionadas novas descobertas, desenvolvimento tecnológicos e econômicos que marcaram o início da Idade Moderna.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Roma

Roma: origem, monarquia e república

  • As origens de Roma na historiografia recente: antes da fundação de Roma, vários povos habitavam a Península Itálica. Ao sul, na região chamada Magna Grécia, existiam colônias gregas e cartaginesas. Ao norte, os etruscos viviam principalmente na região que se estendia entre os rios Arno e Tibre. Na região central da península, sobretudo na Planície do Lácio, vários povos italiotas, como os latinos e os sabinos originaram diversas vilas, as quais teriam dado origem a Roma. Arqueólogos encontraram vestígios no Monte Palatino, uma colina romana, indicando a presença de uma modesta vila de pastores no local durante o século VIII a.C. essa vila tornaria-se uma cidade, com a chegada dos etruscos. Acredita-se que em algum momento essas vilas e povoados localizados nas colinas próximas tenham se unificado e originado Roma.

  • A monarquia Romana: 
- Foi a primeira forma de governo em Roma. 
- A sociedade era dividida em patrícios e plebeus. 
-> patrícios: grandes proprietários rurais.
-> plebe: camponeses livres, artesãos urbanos, pequenos comerciantes e imigrantes de outros locais da Itália.
- Os primeiros reis eram latinos, e sua organização política estava centrada em duas assembleias: os comícios curiais e o Senado.
-> os comícios curiais reuniam guerreiros de até 45 anos e se pronunciavam sobre questões relativas às famílias aristocráticas.
-> o Senado era formado por idosos e tinha como função principal escolher o rei.
- A partir de 616 a.C., Roma passou a ser governada pelos etruscos. que para frear a influência dos patrícios e ampliar seu apoio político , introduziram pessoas ligadas ao comércio no Senado, mas em 509 a.C. a República iniciou.

  • Uma república aristocrática:
A República Romana não adotou a democracia, a participação política dos cidadãos ocorria por meio de assembleias por tribos e concílios da plebe.
-> A assembleia por centúrias votava declarações de guerra ou tratados de paz e também e elegia as magistraturas mais elevadas (cônsules, pretores e tribunos militares). Dividia-se em cinco classes censitárias de acordo com a renda do cidadão. Na assembleia por tribos, os cidadãos eram classificados e distribuídos em tribos de acordo com sua origem ou local de residência. Competia a essa assembleia eleger magistraturas inferiores. O concílio da plebe votava as leis relativas à plebe, os plebiscitos, e elegia os tribunos e os edis.

  • As magistraturas  da república: 
Durante o período republicano, a execução das decisões das assembleias estava a cargo de uma série de funcionários públicos. Ocupar uma magistratura em Roma, era sinal de prestígio político, pois a maior parte das funções públicas era adquirida por meio de eleições nas diversas assembleias. 
Principales magistraturas romanas | Helenos y Latinos: una ...

- Os conflitos entre patrícios e plebeus:
-> Os plebeus reivindicaram a participação nas magistraturas, o direito de votar no Senado e realizar suas próprias assembleias e o fim da escravidão por dívidas, o acesso às terras conquistadas e o direito ao casamento legal com os patrícios. Um dos principais motivos de tensão era a questão fundiária. Embora os plebeus participassem das guerras romanas, o critério para dividir o butim era o poder de armamento, então somente as famílias patrícias tinham o direito de receber as terras conquistadas. O poder de negociação da plebe aumentou quando os romanos passaram a guerrear com outras cidades, precisando cada vez mais dos plebeus.
- As conquistas da plebe: as tensões sociais aumentavam e arriscavam degenerar em guerras civil, então, o patriarcado cedeu e ampliou os direitos da maioria da população livre romana.
-> 494 a.C. Os plebeus conquistaram o direito de eleger os próprios magistrados, os tribunos da plebe.
-> 450 a.C. Foi aprovada a Lei das Doze Tábuas, estabelecendo a igualdade entre os cidadãos.
-> 445 a.C. Foi publicada a Lei Canuleia, que garantia o direito ao casamento entre patrícios e plebeus.
-> 367 a. C. Foi instituída a Lei Licínia Sextia, que permitia o acesso dos plebeus às magistraturas e ao Senado e regulamentava a exploração das terras públicas, ou seja, as terras conquistadas pelo Exército.
-> 326 a.C. Foi instituída a Lei Poetélia Papíria, a qual determinava que apenas os bens de um devedor poderiam ser utilizados como garantia de crédito. Extinguiu a escravidão por dívidas.
-> 287 a.C. Foi instituída a Lei Hortênsia, na qual os plebiscitos , decisões tomadas pelo Tribunato da Plebe, passariam a ter força de lei. Originou-se uma nova aristocracia , a nobilitas, composta por patrícios e plebeus com grande influência política e muitas terras.

  • A expansão militar romana:
A estrutura do Exército romano gerou condições para o sucesso de sua expansão militar. Os romanos fundaram colônias no Vale do Pó, com o objetivo de se defender dos gauleses que ameaçavam a Itália. A maior parte da península começou a cair sob controle romano. A rivalidade entre romanos e cartagineses levou às Guerras Púnicas. Ao terminar a guerra, a Península Itálica, a Grécia, a Macedônia e a própria Cartago foram todas dominadas por Roma. Assim, em cerca de dois séculos. Roma conseguiu o controle do Mediterrâneo europeu. 

  • A crise social no fim da república:
O enriquecimento de Roma beneficiava os ricos proprietários dos latifúndios, que faziam uso de mão de obra escrava. Constituída inicialmente por patrícios. Os cavaleiros também foram beneficiados. Nos meios populares a situação era inversa. O crescente aumento populacional nas áreas urbanas intensificaram a miséria das camadas populares. Os grandes proprietários apropriavam-se ilegalmente das terras do Estado.
- A reforma agrária dos irmãos Graco: Tibério criou uma lei para distribuir as terras públicas entre os cidadãos pobres, por isso foi assassinado. Caio Graco propôs medidas ainda mais radicais, como a concessão da cidadania a todos os aliados itálicos e a distribuição gratuita de alimentos ao povo, mas também foi assassinado, enfraquecendo a República Romana.

O nascimento de um império universal

  • A guerra civil e o fim da república:
As reformas propostas pelos irmãos Graco e a brutalidade de seu assassinato levaram a sociedade romana a polarizar-se em duas facções políticos : de um lado, os populares, que defendiam a ampliação dos direitos da plebe, e, de outro, os oligarcas, interessados em manter os privilégios da aristocracia. As duas facções entraram em confronto aberto, causando uma guerra civil. Os conflitos foram muito reprimidos pelo Exército, que deixava de representar os "cidadãos em armas" para se profissionalizar. Causando uma grande rebelião escrava.


  • Ditadura romana: 
Com o fortalecimento do Exército certos generais tomaram o poder em Roma e instalaram uma ditadura. César, comandante militar que se tornou célebre depois da conquista da Gália, foi o mais importante desses ditadores. Juntamente aos generais Pompeu e Crasso, originou o Primeiro Triunvirato, com o fim de garantir o domínio e a administração de Roma e dos territórios conquistados. Depois da morte de Crasso no Oriente, César derrotou Pompeu, passando a governar sozinho. Realizou várias reformas e melhorias sociais que lhe garantiram popularidade, mas foi morto, causando uma nova guerra civil. Os conflitos políticos continuaram. Otávio, Marco Antônio e Lépido, generais seguidores de César, formaram então o Segundo Triunvirato. Em pouco tempo, os três entraram em um conflito sangrento pelo poder de Otávio, recebendo o título de Augusto. Após essas lutas sangrentas, Roma deixou de ser uma república e tornou-se um Império.


  • O poder do imperador: 
- O advento do Império não suprimiu as instituições republicanas , mas modificou o equilíbrio de poder entre elas. As assembleias perderam sua função, e outras instituições, como o Senado e as magistraturas, tiveram sua autonomia enfraquecida, mas as decisões dos imperadores passaram a depender da legitimação do Senado, e o Exército transformou-se numa força política. O apoio dessa instituição tornou-se fundamental para o governo imperial.


  • A cultura no século de Augusto:
- Seu governo foi marcado pela intensa produção cultural. Autores romanos desse período, como Virgílio, Horácio, Ovídio e Tito Lívio, ainda são estudados. Otávio Augusto encomendou o restauro de antigos edifícios e ordenou a edificação de templos em Roma, mandou construir anfiteatros , dando início a chamada Paz Romana, caracterizada pela relativa paz interna, pela estabilidade das instituições e pela riqueza econômica e cultural. Foi nesse período que a cultura greco-latina se consolidou. Com o Império unificado, essa cultura se estendeu por todas as províncias romanas. No campo religioso, houve a unificação do panteão dos deuses latinos e gregos e o ingresso em Roma de novos cultos de origem oriental, causando um sincretismo religioso. Os mistérios e as práticas religiosas da deusa egípcia Ísis e do deus Mitra eram os mais conhecidos. As bibliotecas expandiam a cultura. A arquitetura também se desenvolveu graças à riqueza de Roma, estilo chamado de arquitetônico monumental.

Homens livres, escravos e o cotidiano em Roma

  • Quem tinha direito à cidadania:
- Separava socialmente cidadãos de não cidadãos.
- Os escravos se tornavam cidadãos se fossem alforriados. Ao longo dos dois primeiros séculos do Império, o direito à cidadania foi sendo progressivamente expandido aos habitantes das regiões sob dominação romana. O passo final foi dado pelo imperador Marco Aurélio, promulgando o Édito de Caracala.


  • A escravidão na sociedade romana: 
- Na sociedade romana, o escravo era considerado, uma propriedade e uma pessoa.
- Os vencedores escravizavam os vencidos nas guerras, mas existiam outras formas de ser escravizados. Adultos vendiam crianças ou até mesmo se vendiam como escravos para não morrer de fome.


  • A escravidão e o estoicismo: 
- Existiam escravos mais ricos que muitos cidadãos, mas mesmo assim eram vistos como inferiores. Os estoicos defendiam a ideia de que o ser humano é apenas parte de uma ordem racional, defendendo que os escravos deviam ser tratados com respeito, embora não questionassem diretamente a Instituição da escravidão.


  • A cidade romana: 
- Grande parte da população vivia em áreas rurais. Entretanto a cidade era considerada para o romano o habitat do homem civilizado. Os camponeses tinham que se dirigir para as cidades para comercializar os seus produtos, então, os romanos construíram várias cidades novas ou reordenaram antigas, modificando o modo de vida das populações e deixando a marca de Roma em todo o Império. A cidade romana tinha uma estrutura planejada. Existiam muitas estradas e avenidas.
 Edifícios públicos também estavam presentes em Roma.


  • A zona rural: 
- A cidade tinha muita importância no cotidiano romano, mas a base econômica era a agricultura. As terras estavam concentradas nas mãos de uma elite, que tinha várias terras em várias províncias.
- Linhas de trabalho:
-> escravidão: vastas propriedades eram cultivadas por centenas de escravos.
-> colonato: as terras de um mesmo proprietário eram divididas em parcelas , sendo cultivadas por rendeiros ou colonos, que tinham a obrigação de entregar parte da produção aos proprietários, retirando uma parte de sua produção para si mesmo.
- Os principais cultivos eram de trigo.


  • A vida cotidiana: 
- A família moderna é considerada uma família nuclear, pois se constitui de um núcleo formado por pai, mãe e filhos. Em alguns casos, é formada apenas pelos filhos mais o pai ou a mãe, mas na Roma antiga a família era considerada extensa, pois além dos pais e dos filhos, incluía os escravos, os agregados, os animais e todos os bens da casa.
- Os casamentos significavam uma aliança entre as famílias, que lhes permitia aumentar o patrimônio e a influência na sociedade. Entretanto, os cidadãos pobres costumavam casar informalmente, sem reconhecimento da lei. A Roma antiga tinha uma sociedade patriarcal.

O declínio do Império Romano:

  • Anarquia militar, invasões e guerra civil:
- Roma estava passando por uma grave crise, ocorrendo várias invasões.


  • O declínio da escravidão: 
- A economia se agravou.
- Sem guerras, sem escravos, pouca produtividade agrícola.


  • A Reforma Diocleciano:
- O Exército se tornou mais relevante na política. Diocleciano também dividiu o império em quatro regiões, cada uma delas administrada por um governante diferente e com uma capital diferente, sendo chamado de tetrarquia e seus administradores, tetrarcas, obtendo sucesso, mas com a saída de Diocleciano os tetrarcas passaram a disputar a sucessão, e o Império Romano caiu de novo.


  • Nasce a religião cristã:
- Os primeiros cristãos não concordavam com a natureza divina do imperador e reverenciavam Jesus de Nazaré como enviado de Deus.
- Antigamente sofria com muito preconceito e tinha poucos fieis.
- Parte da riqueza doada pelos cristãos ricos eram doadas aos pobres.


  • O cristianismo torna-se a religião oficial:
- Foi durante o governo de Constantino que o Cristianismo se aproximou do poder em Roma, conta-se que ele viu as duas letras iniciais de "Cristo" em grego no céu, publicando o Édito de Milão, estabelecendo a liberdade de culto, favorecendo principalmente os cristãos.  Teodósio assumiu o Império em 379, transformando o Cristianismo na religião oficial de Roma, impedindo os pagãos de exercer cargos públicos e de ensinar. Os jogos Olímpicos foram impedidos por serem considerados imorais.


  • A perda da unidade territorial: 
- O Império foi dividido em Império Romano do Ocidente, com capital em Milão e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla.
- Iniciou-se várias invasões bárbaras.
-Ocorreu (ocorreram):
-> Exploração dos cidadãos pelo Estado.
-> Epidemia de peste bubônica.
-> Muitas imigrações.
-> O Declínio comercial e abandono das cidades.


  • Governo de Justiniano:
- O Império do Oriente, chamado também de Império Bizantino, vivia um período de esplendor sob o governo de Justiniano.
- Empreendeu várias campanhas militares para reconquistar a Europa Ocidental, aproveitando-se da desorganização e das disputas territoriais entre os bárbaros, conseguiu retomar Cartago, mas a epidemia da peste bubônica e ameaças de ataques de inimigos impediram a continuidade desse movimento.
- Promoveu uma grande reforma jurídica. Reuniu os mais importantes juristas do Império e criou o Código de Justiniano, construíndo uma grande catedral para servir de sede para toda cristandade: a Basílica de Santa Sofia, em Constantinopla, mas não conseguiu manter por muito tempo o seu controle de vários locais.

sábado, 11 de julho de 2020

Estrutura geológica e formas de relevo


  • Ciclo das rochas:

A Terra é um planeta em contínua transformação. No decorrer do tempo seus continentes se deslocaram, juntaram-se e se separaram.
- Rochas e minerais constituem a Terra: as rochas formam a parte sólida do planeta e compõem um ou vários minerais. Os  minerais são formados por elementos químicos que podem ser encontrados na natureza em estado puro, mas em geral eles se combinam originando os minerais. Os agrupamentos de minerais dão origem as rochas.
- Rochas magmáticas ( ígneas): formam-se pela solidificação do magma (magmáticas intrusivas), apresentam cristais. Exemplos: sienito e gabro. As rochas magmáticas extrusivas ( vulcânicas ou efusivas) chegam em estado de fusão através de vulcões ou fendas na litosfera e, em contato com a atmosfera, resfriam-se mais rapidamente, na maioria das vezes não formam cristais visíveis a olho nu. Ex: basalto e riólito. Os metais fazem parte da composição dos minerais. As rochas magmáticas podem conter minerais metálicos, formando jazidas importantes do ponto de vista econômico, passando a ser chamado de minério.
- Rochas sedimentares: são originadas pela deposição dos detritos de outras rochas, pelo acúmulo de detritos orgânicos ou precipitados químicos, que sofrem compactação por pressão ou reações químicas, processo chamado diagênese. As rochas formadas pelo acúmulo de fragmentos de outras rochas são chamadas de rochas sedimentares clásticas ( detríticas). Exemplo: arenito. As que se formam por meio de processo químicos são chamadas de rochas sedimentares químicas. As que se formam a partir de restos de animais e vegetais são chamadas de rochas sedimentares orgânicas. Exemplo: carvão mineral. Nas rochas sedimentares pode conter vestígios fósseis de seres vivos e fontes de energia.
- Rochas metamórficas e o ciclo das rochas: originam-se a partir de transformações sofridas por qualquer outra rocha, quando submetida a novas condições de temperatura e pressão. Exemplos: quartzito, mármore e gnaisse. 

 O ciclo das rochas - TudoGeo


  • Formação do relevo: agentes internos e agentes externos: Agentes endógenos: tectonismo, vulcanismo e terremotos.
- Tectonismo: provocam o deslocamento de materiais ( diastrofismo). Quando essas forças atuam verticalmente, formando falhas. Esses movimentos são chamados de movimentos epirogenéticos. 
OBS: dobramentos:a parte côncava da dobra é denominada sinclinal, e a convexa é chamada de anticlinal.
- Por que ocorrem erupções vulcânicas e terremotos?
Vulcões: podem ocorrer por processo de subducção ( mergulho de uma placa sob outra) ou no interior das placas, em hot spots.
Terremotos: ocorrem quando as placas se chocam.
- Os agentes externos: as formas de relevo são constantemente modificadas em contato com a água e o ar.
-> Agentes externos: 
Ventos: erosão eólica.
Rios: erosão fluvial.
Chuvas: erosão pluvial.
Mar: erosão marinha.
Geleiras: erosão glaciária.
-> Influência dos seres vivos sobre as formas de relevo: a erosão antrópica é realizada por seres humanos, causando grande modificação no relevo terrestre. Os relevos resultantes da ação antrópica são chamados de relevos tecnogênicos.


  • Estrutura geológica: caracteriza-se pela natureza das rochas (origem e idade) e pela forma como estão dispostas. Os crátons constituem blocos de rochas antigas originadas nos éons Arqueno e Proterozoico. São divididos em escudos cristalinos e plataformas. Os escudos cristalinos (maciços) são formados por rochas cristalinas. As plataformas são superfícies cratônicas recobertas por camadas de sedimentos, como a Plataforma Sul-Americana. As bacias sedimentares são depressões formadas por sedimentos oriundos de áreas com maiores altitudes, estão associadas as jazidas de petróleo, carvão e gás natural. Os dobramentos são formados por rochas menos resistentes afetadas por intensos movimentos tectônicos. Os dobramentos modernos formaram altas cadeias de montanhas. Os dobramentos antigos formaram-se nos primeiros períodos geológicos.
- As bases físicas do Brasil:
O Brasil está contido na Plataforma Sul-Americana, que exibe três escudos cristalinos, rodeados por bacias sedimentares limitadas a ocidente com sistema andino e a sul com a Plataforma Patagônica. O território brasileiro abrange uma parte do escudo das Guianas e os escudos do Brasil Central e Atlântico, além de extensas coberturas sedimentares e uma pequena borda do cinturão andino falhado, na Serra de Contamana.
-> A análise sismográfica no Brasil: mesmo que o Brasil não esteja sujeito a fortes tremores ou atividades vulcânicas, os terremotos no país ainda são frequentes.
-> Os escudos cristalinos no Brasil: extensas faixas adjacentes às áreas cratônicas foram deformadas por movimentos orogenéticos configurando o denominado Ciclo Brasiliano, durante o qual aparecem sistemas de dobras e vales resultantes de falhamentos.
-> As bacias sedimentares: surgiram no fim do Éon Proterozoico, mas configuraram-se plenamente durante a Era Paleozoica, do Éon Fanerozoico.
- Riquezas minerais:
Ex: alumínio ( bauxita), ferro ( magnetita, hematita, itabirita etc.).
-> A distribuição dos minérios no Brasil: o Quadrilátero Ferrífero, abriga imensas jazidas de ferro e reservas de manganês . O Maciço do Urucum, guarda um dos maiores depósitos de manganês de todo o mundo.
-> A exploração dos recursos minerais no Brasil: as maiores jazidas de minérios metálicos estão na Província Xingu. A exploração contribui para o desflorestamento.


  • Formas da superfície terrestre do mundo e do Brasil:
As montanhas são originadas pela ação de forças tectônicas, podem ser divididas em jovens e velhas.
Os planaltos predominam um intenso processo de erosão.
As planícies são formadas em áreas onde predomina o processo de sedimentação.
As depressões absolutas são áreas continentais situadas abaixo do nível do mar.
As depressões relativas são superfícies formadas por processos de erosão, apresentando  altitudes mais baixas do que o relevo circundante.
- Classificação do relevo brasileiro: 
-> Os planaltos brasileiros: há planaltos em escudos cristalinos e planaltos em bacias sedimentares. As chapadas caracterizam-se como relevos residuais.
-> As depressões brasileiras: foram geradas pelo desgaste erosivo das massas rochosas menos resistentes
-> As planícies brasileiras: consiste em bacias de sedimentação recentes.
-> O relevo do litoral brasileiro: destacam-se os cordões arenosos, a sedimentação é resultante da ação dos ventos. A vegetação das dunas impede que elas sejam destruídas.








Dinâmica da atmosfera

A atmosfera e os movimentos da Terra:  - A atmosfera é a camada de gases que envolve terra. - As camadas da atmosfera: a maior parte dos fen...